Cistos de pâncreas
A detecção dessas lesões císticas no pâncreas aumentou consideravelmente nos últimos anos, devido principalmente ao avanço desses métodos diagnósticos e ao crescente aumento nas solicitações de exames de imagem por motivos diversos.
SINTOMAS
Mais de de 70% dos pacientes não apresentam quaisquer sintomas, tendo seu diagnóstico devido a achados incidentais em exames de imagem solicitados por quaisquer outros motivos.
TRATAMENTO
A decisão entre operar ou apenas observar é baseada no tipo de cisto diagnosticado. Alguns cistos possuem baixo potencial (ou simplesmente não possuem) para malignidade, já outros costumam evoluir com degeneração maligna. Além disso, é importante mencionar que alguns cistos benignos podem acabar mudando suas características, passando a ser maligno e tendo necessidade de abordagem cirúrgica.
Diante disso, é de suma importância que, quando não houver indicação cirúrgica, realize-se o acompanhamento periódico dos cistos pancreáticos.
Seguem abaixo, os principais tipos de cistos do pâncreas:
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IPMN (Intraductal Papillary Mucinous Neoplasm)
É o tipo mais comum. Contém mucina, que pode causar câncer. É subdividido em IPMN de ducto primário e IPMN de ducto secundário. A maioria não tem indicação cirúrgica de imediato, mas precisam ser observados.
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Cistoadenoma mucinoso
Acomete mais comumente mulheres de meia-idade e localizam-se predominantemente no corpo e cauda do pâncreas. Tem potencial de causar câncer. Risco mais elevado em lesões acima de 3 cm.

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Neoplasia sólida pseudopapilar
São lesões que possuem componentes sólido e cístico. É mais frequentemente encontrado em mulheres jovens. Podem se tornar malignas e a cirurgia está sempre indicada.
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Cistoadenoma seroso
Não tem mucina e não causam câncer. Acomete principalmente mulheres com mais de 50 anos. A cirurgia só é indicada quando o paciente tem sintomas.